El Mad Mex Saul (Gomez-Peña) and El Mariachi Zombi (Garcia Lopez). Photo courtesy of Pocha Nostra Archives.

II. Imagens ou ações performativas que podem ser desenvolvidas como a parte corporificada do manifesto coexistindo com a parte escrita.

 

  • Colombo bebendo tequila até morrer.
  • Pietás das Primeiras Nações
  • Ritual performativo ou bênção com Listerine
  • Corporação de policiais dançando pow wow.
  • Um corpo nu tomando um banho de óleo.
  • Sacrifício Asteca Corporativo (em vez da escultura de beira de estrada de um cacique,  a escultura de beira de estrada de um executivo).
  • Um corpo indígena comendo pão branco, carne enlatada e bebendo desodorante. Cozinhando carne enlatada para a plateia? Sim! Com picles e pão frito.
  • Um empresário ou presidente penetrando um corpo indígena com o punho (talvez mostrando o corpo indígena resistindo e depois vencendo. Exemplo: um pênis em formato de peça de encanamento, de forma que a penetração seja impossível.
  • Crianças da Monsanto em um campo de soja com camisetas do time de futebol do Brasil.
  • A Última Ceia ou a Ação de Graças pan-indígena
  • Uma versão de Marilyn x 100 (Andy Warhol), mas com 100 mulheres indígenas desaparecidas (talvez seja preciso permissão das famílias para utilizar a imagem destas mulheres).
  • Cabana de suor (Cabana de Purificação) na sala da diretoria/conselho.

 

  • A canônica “Primeira Missa no Brasil” redesenhada com indígenas tirando fotografias com iPhones e iPads.
  • Museus humanos
  • Indígenas como bancos de ouro
  • Um longo cordão de contas anal com pequenas bolas de futebol sendo puxadas do ânus de alguém.
  • Um chicote feito de capas de Bíblias.
  • Camisetas esportivas com o mascote de um homem branco (psicologia inversa, como a utilizada pelo time de basquete formado por descendentes de indígenas americanos, Fighting Whities – pesquise-os no Google).
  • A triste realidade de assistir o Youtube para tentar aprender como cantar canções tradicionais tocando tambores de mão; ou como destripar um peixe, como tirar o couro, como caçar, como… todo o conhecimento das habilidades indígenas. (assista aos vídeos dos the1491’s).
  • Copa do Mundo Indígena — seleção Zapatista chutando bolas na platéia e recebendo boladas.
  • Corpo ilustrado (desencadeando frases no corpo).
  • Corpo com agulhas de acupuntura com bandeiras de corporações.
  • Máscara de bisão dançando música pop.
  • Lutando para falar ao microfone.
  • Um homem branco, executivo, lavando os pés.

 

Indigenous Performance artists from North and South America. Nayla Altamirano and Lola Perla. Concept by Gomez-Peña. Photograph Gabriel Serra.

Parte III. Lista de Palavras

Radical art, radical communities, and radical dreams: Guillermo Gómez-Peña at TEDxCalArts

MICHÈLE​ CEBAL​L​OS MICHOT

 

É bailarina, coreógrafa, diretora artística, educadora, artista visual e artista da performance. Seu histórico inclui a atuação em diversas companhias internacionais de balé e em produções de performance e dança. Em 1994, Michèle conheceu Guillermo Gomez-Peña, tornando-se parceira colaboradora de sua trupe internacional, La Pocha Nostra. Na cidade de Fênix, no Arizona, foi fundadora do Opendance em 1992, sendo sua diretora até 2013. Michèle continua a lecionar para todas as idades. Em 2014 foi indicada para o AriZoni Award na categoria coreografia.

 

 

 

SAUL GARCÍA LOPEZ

 

Artista da performance, diretor de performance radical e candidato ao Doutorado de Teatro e Estudos da Performance, García Lopez é Co-Diretor Artístico de La Pocha Nostra. Como acadêmico e artista, investiga as interseções pedagógicas de atuação e teoria e prática da performance, estratégias de performance indígenas, etnicidade, gênero, pós-colonialidade e indigeneidade. Treinou como dançarino contemporâneo, ator, psicólogo e diretor na UNAM/México, na Universidade de Melbourne/Austrália, Universidade WITS/África do Sul e Canadá. Seu trabalho tem sido apresentado na Áustralia, Reino Unido, Europa, África do Sul e nas Américas. É co-editor do Almanac of Live Art, membro do conselho da Toronto Free Gallery e professor no Centro para Teatro Indígena, em Toronto

GUILLERMO GÓMEZ-PEÑA

 

Artista da performance, escritor, ativista, pedagogo radical e diretor da trupe de performance La Pocha Nostra. O seu trabalho em performance e seus 10 livros têm contribuído para os debates sobre diversidade cultural, cultura de fronteira e relações Estados Unidos-México. Seu trabalho já foi apresentado em mais de 800 lugares nas Américas, Europa, Rússia, África do Sul e Austrália. MacArthur Fellow é vencedor do prêmio Bessie e do American Book Award, escreve regularmente para jornais e revistas nos EUA, México e Europa e é editor contribuinte do The Drama Review (NYU-MIT). Gómez-Peña é Membro Sênior do Instituto Hemisférico de Performance e Política, é patrono do Live Art Development Agency, sediado em Londres e, em 2012, foi nomeado por artistas americanos para o Samuel Hoi Fellow.

A REVISTA

MEDUSA

EDITORIAL | CRISTIANE BOUGER